Segurança do paciente: todo profissional de saúde deve estar comprometido com práticas que ajudem a evitar eventos adversos, mas na correria do dia a dia, muitas vezes protocolos de segurança não são observados, gerando danos e até mesmo mortes.
Sob o ponto de vista jurídico, um evento adverso pode desencadear diversas consequências em várias áreas, como por exemplo, um processo civil indenizatório por danos morais, pensões, pagamento de dívidas com tratamentos, fechamento do estabelecimento pela Vigilância Sanitária local, crime sanitário, processos ético-profissionais e outros procedimentos administrativos.
Além disso, pode impedir a empresa de contratar com órgãos públicos, ou até mesmo perder oportunidades de negócios no mundo privado, com outras empresas que possuam um programa de compliance implementado.
Portanto, a redução dos riscos é fundamental para a segurança do paciente, gerando, consequentemente, uma redução dos possíveis danos.
Além disso, a segurança do paciente é fator essencial para a empresa se manter no mercado, pois trata-se não só de uma exigência do paciente, mas de todo setor da saúde atualmente.
Segurança do paciente: uma prioridade!
Agora que já estabelecemos que a segurança do paciente deve ser uma prioridade em qualquer local que você trabalhe, segue abaixo 7 orientações para não descumprir normas sanitárias e ajudar na segurança de todos:
- Legalize a sua clínica, se você tiver a sua própria, ou peça os documentos para o dono da clínica onde trabalha (ex. inscrição no respectivo conselho profissional, com responsável técnico, licença de funcionamento e alvará da Vigilância Sanitária etc.);
- Mantenha Procedimentos Operacionais Padrão (POP´s) atualizados e equipe treinada e habituada a utiliza-los, inclusive Protocolos de Segurança para COVID-19 para não incidir em crime de infração de medida sanitária preventiva (artigo 268 do Código Penal), bem como protocolos de segurança do paciente, tais como: prática de higiene das mãos, prevenção de lesão por pressão, cirurgia segura, identificação do paciente e de prevenção de quedas;
- Implemente um canal de denúncias com o objetivo não punitivo quanto a erros, mas de discussão e implemento de mudanças;
- Tenha uma Política contra assédio;
- Mantenha o seu paciente informado, implementando fluxos para contratos e termos de consentimento, mantendo um efetivo conhecimento do tratamento, riscos e benefícios;
- Estabeleça uma Política de Estratégia de Gestão de Riscos, inclusive em relação à imprensa e efeitos jurídicos;
- Promova o engajamento de todos os participantes nas políticas implementadas, pois sem o engajamento de todos, não há resultados (inclusive da alta direção)!